Foi um dia triste.
Não estava mesmo nada à espera que fosse tão triste.
Tinha chegado a casa tarde, mas ainda tinha tido força para ir ao Facebook.
Eu sabia que naquele dia se iam passar coisas importantes, mas não esperava que me afectasse tanto.
Foi o dia em que os meus pais se divorciaram.
As coisas já não andavam bem há uns anos.
A mãe pôs o pai a dormir noutro quarto há uns 4 anos.
Habituei-me a ver a mãe sempre a falar com o pai como se ele fosse um cãozinho.
Sempre vi o pai como um homem apaixonado e arrependido.
Mas eles sempre se mantiveram juntos e de alguma forma, unidos como amigos.
Eles sempre me incutiram o princípio de que quando nos envolvemos em alguma coisa ou com alguém, deve ser até ao fim e não devemos desistir.
E ver as pessoas mais importantes da minha vida a quebrar toda a corda de confiança e verdade pela qual regi toda a minha vida, foi o golpe mais baixo e mais sujo que alguma vez eu poderia levar.
Estava a ter um pesadelo e a mãe acordou-me.
" Olha, eu e o pai já fomos assinar os papéis. Ele vai-se embora para a semana."
Woow. Será que acordei mesmo do pesadelo ? Venha o diabo e escolha.
Sinto que o meu coração foi cortado e rasgado, e esmigalhado ao máximo.
Parece que tenho um buraco aberto, e cada vez que falo no assunto ou penso, parece que os sentimentos me roçam nas bordas do buraco e me dói, dói , dói.
Não gosto de chorar à frente de ninguém, mas não consegui evitar.
Chorei como se eu tivesse 8 anos e me tivessem roubado o gelado.
Chorei como se um cão meu tivesse morrido.
Chorei como se tivesse perdido as pessoas mais preciosas que tive em toda a minha vida.
Ainda me dói. Estou tipo, a tentar ficar bem, mas está difícil.
Estou entre o choro e a raiva. E o meu peito não facilita. Não deixa de arder.
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