quarta-feira, 26 de junho de 2013

Quando A Noite Se Faz Certa

Nascem sombras na cidade
Quando o Sol morre no Tejo
Tantas sombras sem idade
Quantas sombras que eu invejo
Já me doem os meus passos
Quando a noite se faz certa
Vou beber nos meus braços
Esta angústia que desperta..

Sabe a cansaço na rua
Falta riso sem ter preço
Sinto a cidade tão nua
E a negar-me o que mereço
E o teu corpo sabe a mel
O teu olhar é um recado
No cetim da tua pele
Vejo o Tejo derramado

És uma guitarra
Que nem sempre chora
És amarra deste fado que demora
Tu és o meu cais
Sou um navio sem mar
Quero mais, quero mais quero mais..
Que fumo a subir no ar..

Luiz Duarte

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