terça-feira, 9 de julho de 2013

O derradeiro transe

Sim.. é o que se diz
Na vida tudo se conquista,
E a gente conquista pra ser feliz
Sim.. é duro
Nem tudo o que vem é puro,
Tudo o que é puro está longe da vista..

Olhar o Sol transformou-se num luxo
De corações sedentos de Luz
Uma faísca a menos pode causar susto..
Mas é a faísca certa que nos seduz.

Aii.. tanta incerteza..
Não saber sequer se a Alma existe
Não saber o que é culpa nem ter defesa
E ser apenas mais uma cabeça confusa e triste.

Aii.. que me sinto tão só
Que ironia, ter noção de que a solidão bate em todos os peitos
Que corda invisível, que merda, que nó!
Não há finais felizes, mas existem fins perfeitos

Porque nem tudo o que a gente quer,
É aquilo que a gente precisa
A gente precisa de gente que idealiza
A gente precisa de alguém que também nos quer.

Comida é pasto, bebida é água
Sede é ilusão e fome é capricho
Triste ilusória paixão, talvez de Cristo
A simplicidade é a glória dos que vivem da mágoa

Todos somos animais,
Com a mania de que somos reis
Queremos sempre mais e mais e mais
Mas nem aos nossos corações somos fiéis

Gado, rebanhos, filas indianas de deterioramento evoluído
Talvez a única coisa podre que algum dia se modificou
A cor do dinheiro, que se sobrepôs à cor do céu
E o sabor do vício que substituiu o que para trás de bom ficou

Leve tese de uma viagem pelo íntimo
O íntimo pesado como que do exterior se tratasse
O derradeiro pormenor mais ínfimo
A mais íntima tese do derradeiro transe.

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