segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Eu gosto de mim. E tu?

Ora, ontem foi um dia para esquecer.. mas hoje compensou tudo.. até os meses em que estive separada da minha família.
É verdade.. voltei para casa, fiz as pazes com a minha mãe, o meu pai voltou a viver connosco e estamos mais unidos que nunca.
Não queria ter de tomar a decisão de deixar a minha família novamente. Agora também não é nisso que devo pensar. Nem consigo!
A Mãe diz que eu continuo linda, mas sinto ainda alguma fraqueza por causa de todas as drogas que ando a tomar.
 Ela não sabe disso, pensa que estou frágil porque estou deprimida. E estou. Pelos motivos que ela lá sabe numerar, e por todos os outros que ela nem imagina e que eu também não lhe conto para não a magoar.
Quero mudar.
Agora de volta a casa, sinto-me muito menos mal. Tenho mais vontade de me sentir bonita, o que antes não acontecia.. porque me sentia na merda. Perdi o gosto em mim.
Acho que aos poucos vou conseguir lá chegar, e voltar a ser confiante como era.
Ultrapassar esta depressão que também me tem feito esquecer um bocado que tenho valor e sinto coisas.
Quero conseguir, e para isso, queria ter a minha família ao meu lado.
Fiquei assim por estar sozinha. Já tinha dito aqui algures neste blog que sou péssima quando estou sozinha. Só faço merda.
Eu não faço sentido sem a minha família.
Ter saído de casa, foi um choque. Passar tanto tempo magoada, e com coisas por dizer e saudades.. pode ser tóxico, e comigo foi..
Preciso agora de me reestruturar. De me restaurar. De voltar a amar-me, que é coisa a que perdi o jeito e o hábito.
Há muito assunto por resolver cá dentro, no Universo da minha caixa toráxica.
Muita porcaria por limpar..
Experimentei a vida a sós e no terceiro dia, só queria acabar com ela.
Posso afirmar que o ser humano não é nada feito com matéria do amor. É só um animal faminto de sentimentos, confuso por os ter, e frustrado por não se conseguir livrar de alguns.
E o amor uma armadilha da vida, para nos lixar ao mais alto nível.
Somos apanhados , e quando nos tentamos libertar, saímos sempre todos feridos.
Gostava mais de antes. Quando não tinha de amar ninguém.
Amar é muito difícil, e cansa muito, e sempre fui tão preguiçosa com sentimentos que.. olha, deixei muito sentimento verdadeiro partir sem sequer ter deixado chegar até mim.
Recusei sempre a única coisa que os meus pais me poderiam oferecer indisciplinadamente: amor.
Sei muito bem que isso contribuiu também para o desabamento da minha família, mas.. agora quero ser melhor.
Preciso, QUERO, DESEJO, e VOU conseguir.
Eu amo os que me amam. Eu gosto de mim. E tu?

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