Como é que chegamos à conclusão de que fomos uns autênticos idiotas e que julgámos as pessoas pelo que os nossos olhos viam?
Tenho tido vários tipos de desilusões. Alguns mais fortes, outros mais esperados.
Não lido bem com a desilusão, pá. Mesmo nada bem.. E confesso que já andava para rebentar há algum tempo. Tenho andado sozinha, e céus, como a solidão me assusta.. faz-me pensar mas ainda assim fico sem saber o que fazer em relação às coisas que vivo. Fodidíssimo.
Sabem, tenho mudado de visão em relação à Vida. Tem sido boa demais para mim, mesmo apesar de me afastar de certas pessoas, e sobretudo por me ter trazido outras.
Não andava à procura de nada, só me queria esquecer que algum dia tinha sido de alguém, e não pensar mais acerca disso.. mas é sempre impossível, porque o tempo passa e se temos coisas engasgadas, não conseguimos ultrapassar, e piora com ele.
Mas não pensei em nada disso naquela noite.
Um bando de amigos sentados numas escadas a fumar umas ganzas a seguir a um concerto meu.. tudo perfeitamente normal. Um ritual ultimamente bastante frequente, apenas o cenário e as pessoas é que mudam.
E lá estavamos nós, um bom grupo, numeroso e querido. E estava-se a passar muita coisa ao mesmo tempo.. o patrão queria beber um shot comigo, havia um grupo de universitários a pedir-me que cantasse para eles, a Marcela queria estar comigo, o Garrido estava podre de bebâdo.. sei lá, muita coisa ao mesmo tempo.. então fui tratar de uma coisa de cada vez.
Quando voltei para me reunir com os meus amigos outra vez, havia um espírito de mega destruição entre todos e especialmente entre os três malucos presentes : Eu, a Marcela e o Eduardo.
Ele andava a rondá-la. Coitado, não fazia ideia de que a Marcela estava ali porque queria estar comigo.
Era um puto giro, com cara de malandro e que me estava a desafiar para uns tiros de MD.
Decidi cagar na boa pessoa que há em mim, e lá fomos nós comprar o mambo.
A Sé foi para onde fomos. Enrolar ganzas, mandar traços, cantar e beber.
Mais uma vez, um belo e frequente cenário.
Peguei na guitarra numa de me satisfazer um bocado, porque me sentia ali um bocado à toa.
Estavam todos em êxtase por ter passado para a terceira fase do programa.. então lá toquei umas quantas canções.
E foi aí que ele largou a Marcela.. iniciou-se tudo de repente em mim.
Ele tinha-me tentado beijar ali umas duas ou três vezes. E a aproximação dele, não me foi nada estranha.. foi como se já fizessemos aquilo desde sempre.
Chegou a hora de decidirmos o que fazer do resto da noite e ele propôs que fosse a casa dele.
A Marcela agarrava-me e dizia-me que também ia, mas depois puxava-me e ao meu ouvido dizia para ir antes para casa dela.
Mas não. Eu queria aquele miúdo.
"Nepia, esquece Marcela.. se for contigo adormeço.."
Mega desculpa para poder partir sem novelas.
Fomos então até às máquinas , e ele apressou-se em dizer para irmos para casa.
Nem pensei mais. Disse só "bora!"
Deixámos o pessoal seguir o seu rumo e bazámos antes deles.
Andámos uns minutos, até que ele me beijou a sério.
Subiu-me um arrepiozão pela espinha acima. Como se estivesse com febre.
Vimos o caminho todo a dar beijinhos e a brincar , ao mesmo tempo que conversávamos acerca de tudo.
Quando chegámos a casa dele, nem me lembro bem de como foi. Sei o que senti... mas não me lembro de como foi.
Sei que mandámos mais uns traços, e fumámos uns bobs.. mas não me lembro ao certo o que se passou.
Acordei ao lado dele, e soube-me bem.
Tão bem, que fiquei ali mais uma noite e um dia.
Ele faltou à Universidade.. e ficámos na cama os dias todos a fumar e a namorar.
Acabou por se tornar um hábito.
Sempre que ele volta da escola, falamos por facebook e vou ter com ele.
Durmo muitas vezes com ele.. passo dias seguidos que não apareço em casa.
Estes dias, acabei por desmarcar tudo com toda a gente por querer estar com ele.
E divertimo-nos imenso juntos!
Fazemos ganzas enormes , e vemos filmes, e todos os episódios do South Park.
Não podemos cair os dois na cama, senão ficamos todos fodidos um com o outro.
Devemos ir a uma festa de trance no próximo fim-de-semana.
Pá, mas juro.. gosto mesmo tanto dele..
Acordar, olhar para o lado, e vê-lo , é qualquer coisa de muito bom que eu quero sentir até quando puder!
Ele perguntou-me se eu queria ser namorada dele.
Claro que lhe disse que sim, não é?
Preciso dele, e ele de mim.
É como ele diz "Sou o negativo e tu és o positivo. Somos ímanes".
Parece surreal.. isto não acontece em lado nenhum..
Ele está sempre a perguntar " Como é que é possível? De onde é que tu vieste? "
E diz-me tudo o que pensa. Isso é brutal.
Adoro saber o que ele acha mesmo que isso nao corresponda ao que eu gostaria de ouvir.
Dou muito mais valor a que ele me seja sincero do que me encha os ouvidos de promessas de plástico.
É um boneco.. é um puto lindo, maduro e esperto. Só diz o que precisa ser dito. O que vem a mais é puro carinho dele.
Ele agora está ali a dormir .. são 4 da manhã e ele amanhã tem aulas.
Devo ficar por cá, devo dormir cá também e esperar que ele chegue à uma.
Adoro-o tanto..
Nunca me senti assim.. nunca, nunca, nunca..
Basta ele olhar para mim para eu ter vontade de .. sei lá do quê..
Ele toca-me e eu derreto.
Ele fala comigo e eu vibro . E o mesmo se passa com ele.
O tempo pára dentro deste quarto.
Passamos muito tempo juntos, e ele parece mesmo que pára.
No entanto, parece que nunca é suficiente.
Pronto, pá.. somos um casal, com pernas para andar.
Malucos, varridos.. mas juntos.
Queria poder dizer "Ah, já nao me sinto assim desde.." mas não posso.
Nunca me senti tão cega, tão presa a ninguém.. E ele diz o mesmo.
O que me prende é talvez as altas probabilidades de ser feliz ao lado de alguém que é igualzinho a mim.
Diferente, claro.. mas muito igual em muitos sentidos.
Tanto, que até mete impressão.
Sabemos os dois ser filhos da puta.. isso está à vista.
Temos os dois a mesma cara de malandros. Somos giros de se ver.
Enfim, vou-me juntar a ele, e tentar dormir, que a pedra já vai alta, e eu estou a morrer.
Era mesmo só para desabafar.
Bjufa!!
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
Querido PC
Olá, computador.
Queria apenas desabafar um bocadinho tudo aquilo que se tem passado na minha vida ultimamente e que por mais que adore a Joana, ela não tem tido tempo para ouvir.
Bom, a Mãe anda mais calma. Desapareço, e depois lá apareço em casa, de dois em dois dias , e a ajudo com o que posso. Sei que isso a magoa. E preocupa-me que um dia ela precise de mim a sério, e eu não esteja lá. Queria mudar isso, mas não consigo. Já não tenho controlo sobre a minha vida.
A minha irmã mais nova, vai de mal a pior. Agora até trata mal a mãe (o que é estranho, porque elas sempre foram unha com carne).
O Pai, lá tem a vidinha dele. Agora já não estou tanto com ele, mas é porque temos os dois muito trabalho.
Confesso que tenho saudades de viver com todos eles na mesma casa.. mas Shhhh.. isto nao sai daqui.
Em relação a relações, tenho feito alguns amigos. E descoberto amigos nos meus amigos.
Tenho estado agora muito mais com o Dário. Vou lá ao café dele, faço-lhe o jantar, janto com ele e com o Gil, e depois ajudo-o a fechar aquilo.
Da minha casa ao café dele, ainda são a pé uns 3 kilómetros, mas fazem-se bem, porque os faço a pensar na excelente companhia que vou ter o resto da noite.
A Joaninha também é uma ajuda muito importante.
Apesar de que tive uma conversa com ela, em relação a atropelarmo-nos uma à outra de vez em quando.
Ela é indubitavelmente a minha melhor amiga. Temos que ter paciência uma com a outra.
O Pavlo.. meh.. birrento como sempre. Agora acha que ninguém quer saber dele, mas quando perguntamos como ele está , ele nem sequer responde.
As pessoas e os seus silêncios...
De vez em quando, temos Ladies Nights. Eu, a Joana, a Carol, a Nicole e a Mafalda.
5 Damas de Ferro.
Geralmente andamos pela Horta das Figueiras.. ou simplesmente por aí.
A Mafalda é namorada do Augusto.. e eu não sabia.
O que acontece é que ele é um bocado óbvio no que toca a fazer-se ao piso.
E de repente, conheço a namorada dele. Daí, ter dito há uns dias que o Mundo é pequeno.
Houve algumas pessoas com quem perdi o contacto, mas não adianta falar disso.
Sinceramente, cansei-me. Passei à frente.
Agora acho que vou viver pra Lisboa.. ainda não sei como vai ser.
E é isso, está tudo em aberto.
Yeah, precisava mesmo disto. Obrigada, PC por seres tão paciente. Beijinho
Queria apenas desabafar um bocadinho tudo aquilo que se tem passado na minha vida ultimamente e que por mais que adore a Joana, ela não tem tido tempo para ouvir.
Bom, a Mãe anda mais calma. Desapareço, e depois lá apareço em casa, de dois em dois dias , e a ajudo com o que posso. Sei que isso a magoa. E preocupa-me que um dia ela precise de mim a sério, e eu não esteja lá. Queria mudar isso, mas não consigo. Já não tenho controlo sobre a minha vida.
A minha irmã mais nova, vai de mal a pior. Agora até trata mal a mãe (o que é estranho, porque elas sempre foram unha com carne).
O Pai, lá tem a vidinha dele. Agora já não estou tanto com ele, mas é porque temos os dois muito trabalho.
Confesso que tenho saudades de viver com todos eles na mesma casa.. mas Shhhh.. isto nao sai daqui.
Em relação a relações, tenho feito alguns amigos. E descoberto amigos nos meus amigos.
Tenho estado agora muito mais com o Dário. Vou lá ao café dele, faço-lhe o jantar, janto com ele e com o Gil, e depois ajudo-o a fechar aquilo.
Da minha casa ao café dele, ainda são a pé uns 3 kilómetros, mas fazem-se bem, porque os faço a pensar na excelente companhia que vou ter o resto da noite.
A Joaninha também é uma ajuda muito importante.
Apesar de que tive uma conversa com ela, em relação a atropelarmo-nos uma à outra de vez em quando.
Ela é indubitavelmente a minha melhor amiga. Temos que ter paciência uma com a outra.
O Pavlo.. meh.. birrento como sempre. Agora acha que ninguém quer saber dele, mas quando perguntamos como ele está , ele nem sequer responde.
As pessoas e os seus silêncios...
De vez em quando, temos Ladies Nights. Eu, a Joana, a Carol, a Nicole e a Mafalda.
5 Damas de Ferro.
Geralmente andamos pela Horta das Figueiras.. ou simplesmente por aí.
A Mafalda é namorada do Augusto.. e eu não sabia.
O que acontece é que ele é um bocado óbvio no que toca a fazer-se ao piso.
E de repente, conheço a namorada dele. Daí, ter dito há uns dias que o Mundo é pequeno.
Houve algumas pessoas com quem perdi o contacto, mas não adianta falar disso.
Sinceramente, cansei-me. Passei à frente.
Agora acho que vou viver pra Lisboa.. ainda não sei como vai ser.
E é isso, está tudo em aberto.
Yeah, precisava mesmo disto. Obrigada, PC por seres tão paciente. Beijinho
Cadeia de Interesses
Cada vez mais, noto a quantidade de gado que se faz passar por alguém que gosta de mim.
Não faço nada quanto a isso. Não porque gosto que finjam que sentem calor por mim, mas porque não adiantaria de nada.
Esta história toda de eu estar neste programa de televisão.. a maior parte das pessoas nem imagina que eu não estou nem um bocado entusiasmada.
É tudo uma fachada.. as pessoas vibram quando me têm por perto e deslumbram-se com a possibilidade de eu vir a ser conhecida.. e eu não tenho como lhes fazer cair a faixa e trazê-las de volta à Terra.
Probabilidades de ganhar? Bom, tantas como qualquer outra pessoa.. mas vontade de o fazer? ZERO.
Eu tenho trabalho, eu dou os meus concertos.. não preciso deste programa para nada.
Mas deixei que me metessem nisto, e agora tenho que ir até ao fim.
Acho que só ainda não desisti porque de facto está tudo muito bem encaminhado e é muita gente para eu desiludir.
Uma cadeia de interesses.. as pessoas querem-me no programa para eu ficar conhecida e poderem usufruir do meu trabalho, o máximo que puderem.
Ganham mediatismo, o seu minuto de antena e ainda podem dizer que são meus amigos.
O pacote perfeito.
E eu que sou uma chorona, que se refugia nas drogas (e elas cada vez mais variadas), já tento de tudo para não ter de ouvir " Tens que ganhar isso!" ou " Tens que fazer publicidade aqui ao bar".
Estou cansada.. é-me exigido muito.
Eu não digo que não me tenha divertido, lá naqueles dois dias em Lisboa.
Sim, diverti-me. Conheci gente super porreira..
Gente super porreira que não passou à fase que eu passei.
Diverti-me com as pessoas, a cantar com as pessoas, de borla, sem merdas.. apenas pura paixão pela música, que é isso que deve existir, que é isso que une as pessoas.
Eu sou assim..
Esse é o meu X.
Não fui feita para me vender. Apenas gosto de partilhar o pouco ou muito que possa ter.
Não quero os holofotes todos em cima de mim.
Não quero a imprensa a chatear a minha família.
Quero só ser feliz, mesmo que seja apenas só.
Só.
Não faço nada quanto a isso. Não porque gosto que finjam que sentem calor por mim, mas porque não adiantaria de nada.
Esta história toda de eu estar neste programa de televisão.. a maior parte das pessoas nem imagina que eu não estou nem um bocado entusiasmada.
É tudo uma fachada.. as pessoas vibram quando me têm por perto e deslumbram-se com a possibilidade de eu vir a ser conhecida.. e eu não tenho como lhes fazer cair a faixa e trazê-las de volta à Terra.
Probabilidades de ganhar? Bom, tantas como qualquer outra pessoa.. mas vontade de o fazer? ZERO.
Eu tenho trabalho, eu dou os meus concertos.. não preciso deste programa para nada.
Mas deixei que me metessem nisto, e agora tenho que ir até ao fim.
Acho que só ainda não desisti porque de facto está tudo muito bem encaminhado e é muita gente para eu desiludir.
Uma cadeia de interesses.. as pessoas querem-me no programa para eu ficar conhecida e poderem usufruir do meu trabalho, o máximo que puderem.
Ganham mediatismo, o seu minuto de antena e ainda podem dizer que são meus amigos.
O pacote perfeito.
E eu que sou uma chorona, que se refugia nas drogas (e elas cada vez mais variadas), já tento de tudo para não ter de ouvir " Tens que ganhar isso!" ou " Tens que fazer publicidade aqui ao bar".
Estou cansada.. é-me exigido muito.
Eu não digo que não me tenha divertido, lá naqueles dois dias em Lisboa.
Sim, diverti-me. Conheci gente super porreira..
Gente super porreira que não passou à fase que eu passei.
Diverti-me com as pessoas, a cantar com as pessoas, de borla, sem merdas.. apenas pura paixão pela música, que é isso que deve existir, que é isso que une as pessoas.
Eu sou assim..
Esse é o meu X.
Não fui feita para me vender. Apenas gosto de partilhar o pouco ou muito que possa ter.
Não quero os holofotes todos em cima de mim.
Não quero a imprensa a chatear a minha família.
Quero só ser feliz, mesmo que seja apenas só.
Só.
domingo, 15 de setembro de 2013
Doce Oposto
Confesso que existe uma rapariga, não muito longe de mim, que me deixa tonta cada vez que a vejo.
Tenho a plena noção de que ela me quer mesmo muito, mas anda alguma coisa a travar-me.
Eu quero estar com ela, mas parece que se passa sempre qualquer coisa antes de a encontrar que me faz recuar e tratá-la como apenas uma amiga.
Isso dá cabo dela.. ela já mo disse. É engraçado como ela me sabe dizer tudo o que tem a dizer.
Ela põe os braços à minha volta, encosta a testa dela na minha, e diz-me o que lhe vai na alma.. e isso é impagável.
Eu que sou uma pessoa que precisa mesmo de entender as coisas que se passam à sua volta, dou imenso valor a ela confiar em mim o suficiente para me dizer o que sente sem medos, nem travões nem tabus.
Porém, não faço o mesmo com ela... acho que sou mais de receber informação do que de dar.
Não sou boa a exprimir-me com palavras e conversas. Tenho sempre tendência a fazer asneira, porque se me escapa tudo na hora em que vou começar a falar, e surge outro tipo de coisas na minha cabeça, que não diria inicialmente.
É complicado.. eu sei que a magoo constantemente. Sei que se eu lhe pedir ela vem ter comigo aonde eu estiver.. sei que se eu a beijar, ela é minha. Sei que se eu lhe tocar ela se arrepia toda.
Eu sei que ela gosta de mim.
Aparentemente, se tivessemos uma relação assumida, eu seria o Homem.
Acontece naturalmente. E eu ajo muito como um, ao pé dela. É instintivo.
E ela é tão bonita... quem me dera gostar mesmo dela, tal como ela gosta de mim.
Quem me dera poder dar-lhe o que ela quer.
Quem me dera repetir aquela noite.
Quem me dera não gostar tanto do seu doce oposto.
terça-feira, 3 de setembro de 2013
Memória
Pá, acho que ando com a puta da paranóia. Sei lá, acho que ultimamente, sou esquecida muitas vezes.
Cada vez mais.
Sei que não me esforço muito por ser inesquecível para ninguém, mas reparo que volta e meia sou metida numa prateleira poeirenta e suja de tudo menos saudades.
Sinto-me ser querida e amada por gente que para mim não suscita qualquer interesse.. e sinto-me cair nos braços de pessoas cujo abraço nem me sabe bem.
Não sei, talvez seja paranóia, mas começo a perceber como tudo funciona.
As pessoas conhecem-me, encantam-se, têm-me no pensamento uns tempos e a seguir dá-se um colapso na memória e eu sou metida numa gaveta.
É a melhor teoria que encontro, e a que me faz doer menos o peito quando penso nisto.
Porra, serei uma vítima do problema de expressão de alguém, ou apenas uma pessoa que não é inesquecível?
Porquê o silêncio? Detesto-o! Faz-me chorar! Faz-me sentir só e triste e eu não quero sentir-me assim.
Não preciso também dos sorrisos amarelos do género "gosto de ti só às vezes". Merda pra isso.
Quero apenas que não me esqueçam! E se me esquecerem, que ao menos seja por um bom motivo.
Nem peço saudades sequer, que isso.. ou se tem ou não se tem.
Só não quero ser de novo posta na prateleira..
Eu seria incapaz de meter alguém numa prateleira do esquecimento. Não se faz.
Faço por todas as pessoas que conheçam tenham um pequeno papel importante na minha vida, e nunca esqueço uma cara.
Nunca esqueço principalmente uma voz.
Eu sou humana, sinto saudades de ser esquecida magoa-me.
Não me quero lembrar de mim, como alguém que foi esquecida antes de ter oportunidade de criar a sua memória.
Cada vez mais.
Sei que não me esforço muito por ser inesquecível para ninguém, mas reparo que volta e meia sou metida numa prateleira poeirenta e suja de tudo menos saudades.
Sinto-me ser querida e amada por gente que para mim não suscita qualquer interesse.. e sinto-me cair nos braços de pessoas cujo abraço nem me sabe bem.
Não sei, talvez seja paranóia, mas começo a perceber como tudo funciona.
As pessoas conhecem-me, encantam-se, têm-me no pensamento uns tempos e a seguir dá-se um colapso na memória e eu sou metida numa gaveta.
É a melhor teoria que encontro, e a que me faz doer menos o peito quando penso nisto.
Porra, serei uma vítima do problema de expressão de alguém, ou apenas uma pessoa que não é inesquecível?
Porquê o silêncio? Detesto-o! Faz-me chorar! Faz-me sentir só e triste e eu não quero sentir-me assim.
Não preciso também dos sorrisos amarelos do género "gosto de ti só às vezes". Merda pra isso.
Quero apenas que não me esqueçam! E se me esquecerem, que ao menos seja por um bom motivo.
Nem peço saudades sequer, que isso.. ou se tem ou não se tem.
Só não quero ser de novo posta na prateleira..
Eu seria incapaz de meter alguém numa prateleira do esquecimento. Não se faz.
Faço por todas as pessoas que conheçam tenham um pequeno papel importante na minha vida, e nunca esqueço uma cara.
Nunca esqueço principalmente uma voz.
Eu sou humana, sinto saudades de ser esquecida magoa-me.
Não me quero lembrar de mim, como alguém que foi esquecida antes de ter oportunidade de criar a sua memória.
Change My Mind
Já se andava a arrastar algum tempo, esta minha vontade de lhe dizer o quanto o quero.
Que já não é curte, que já não é amizade.. já não se trata só de estar por estar.
Sei que tínhamos combinado não nos apaixonarmos, nem estava à espera. Mas olha, estudasse.
O que mais me irrita, é que no momento em que eu queria explicar tudo, frente a frente e olhos nos olhos, veio-me à cabeça um monte de merdas que me magoaram e me fizeram dizer a maior mentira de sempre: que eu não o queria mais.
Não sei como ele ficou, ou o que sentiu ao ouvir as minhas palavras, mas nem sequer me tentou dar a volta, nem perguntou porquê.
Lá fingi que estava mega bem, e decidida.. mas só me apetecia desaparecer.
Queria abraçá-lo e dizer-lhe "esquece o que eu disse e dá-me um beijo".. mas já estava feito, e ele parecia conformado.
Não queria de maneira nenhuma pressioná-lo, nem magoá-lo.
A verdade é que comecei a ver que as nossas vidas eram muito melhores um sem o outro.
Nunca lhe pedi nada, nem nunca exigi nada.. no entanto, também não corri atrás dele.
Engoli sapos, senti-me mal em certos locais e situações, e sempre sofri em silêncio para ele não ter de provar nem um bocadinho do que eu sentia.
Então aqui estou eu, sentada à frente do computador, a cumprir um ritual nosso.. a pensar nele, e a querer desesperadamente voltar a vê-lo.
À beira de lágrimas, enraivecida comigo mesma e com ele.
Mas já não está nas minhas mãos.
Eu sei que consigo ser melhor que isto, e ele também.
Confesso que neste momento, nada me saberia tão bem como tê-lo à minha frente, mas por enquanto, só tenho o sorriso dele marcado a ferro quente na minha cabeça, e a lembrança do toque dele no meu peito.
Não sei se vou ficar bem.. só sei que preciso dele.. e que não me lembrava de estar tão mal por causa de alguém há muito tempo.
E que.. há muito tempo que não me fazia tanta impressão perder alguém.
Só me resta pedir desculpa pela frieza e pela facilidade com que disse o que disse ontem.
Que já não é curte, que já não é amizade.. já não se trata só de estar por estar.
Sei que tínhamos combinado não nos apaixonarmos, nem estava à espera. Mas olha, estudasse.
O que mais me irrita, é que no momento em que eu queria explicar tudo, frente a frente e olhos nos olhos, veio-me à cabeça um monte de merdas que me magoaram e me fizeram dizer a maior mentira de sempre: que eu não o queria mais.
Não sei como ele ficou, ou o que sentiu ao ouvir as minhas palavras, mas nem sequer me tentou dar a volta, nem perguntou porquê.
Lá fingi que estava mega bem, e decidida.. mas só me apetecia desaparecer.
Queria abraçá-lo e dizer-lhe "esquece o que eu disse e dá-me um beijo".. mas já estava feito, e ele parecia conformado.
Não queria de maneira nenhuma pressioná-lo, nem magoá-lo.
A verdade é que comecei a ver que as nossas vidas eram muito melhores um sem o outro.
Nunca lhe pedi nada, nem nunca exigi nada.. no entanto, também não corri atrás dele.
Engoli sapos, senti-me mal em certos locais e situações, e sempre sofri em silêncio para ele não ter de provar nem um bocadinho do que eu sentia.
Então aqui estou eu, sentada à frente do computador, a cumprir um ritual nosso.. a pensar nele, e a querer desesperadamente voltar a vê-lo.
À beira de lágrimas, enraivecida comigo mesma e com ele.
Mas já não está nas minhas mãos.
Eu sei que consigo ser melhor que isto, e ele também.
Confesso que neste momento, nada me saberia tão bem como tê-lo à minha frente, mas por enquanto, só tenho o sorriso dele marcado a ferro quente na minha cabeça, e a lembrança do toque dele no meu peito.
Não sei se vou ficar bem.. só sei que preciso dele.. e que não me lembrava de estar tão mal por causa de alguém há muito tempo.
E que.. há muito tempo que não me fazia tanta impressão perder alguém.
Só me resta pedir desculpa pela frieza e pela facilidade com que disse o que disse ontem.
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