terça-feira, 19 de novembro de 2013

Familia Mia!

Não sei do que quero escrever, sinceramente.
Ando com muitos problemas de expressão ultimamente, e não sei como os ultrapassar.
Gostava de poder voltar a falar com a Mãe, mas tenho medo que ela venha deitar abaixo a pouca fé que ainda tenho na palavra "Família".
Ela está desequilibrada, como diz a minha irmã mais velha.. é melhor deixar passar mais tempo.
Mas mais uma vez, tenho medo que passe tempo demais e ela acabe por se esquecer que eu existo.
Aconteceu com a minha irmã Joana.. porque não aconteceria comigo?
O Pai anda lá envolto dos seus pequenos grandes feitos, e volta e meia, também se esquece de me dizer alguma coisa.
Não sei muito bem o que esperar da minha Família. Se eu fosse pelo que o Destino me diz, provavelmente cagaria nela.. porque já me deu outra.
Eu e o Eduardo não somos muito cuidadosos no que toca a protecções durante o sexo.
Ando desconfiada de que já posso estar grávida e já lho disse. A resposta dele?
" Era a melhor coisa do Mundo. Se tiver um filho, ao menos que seja contigo".
Quando ouvi isto , passei-me. Gostei, claro.. mas acabei por ficar um bocado assustada.
Não tenho força nem vontade de ser mãe agora.. mas prometi que se acontecesse, assumiria.
Chega uma altura na vida das pessoas em que elas têm de deixar de pensar como crianças e começar a projectar.
Não me vejo ao lado de mais ninguém sem ser do Edu. Ele diz o mesmo.
Temos ido à terra dele, a Ferreira do Zêzere ter com a família dele.
A Mãe dele perguntou-lhe o que ele queria fazer da vida.
Ele diz que a única certeza que tem, é que me quer com ele, independentemente do que ele faça profissionalmente.
A Mãe dele adora-me e já me veio convidar para o Natal, e melhor.. veio-me falar de netos.
A senhora é amorosa, toda para a frentex! Mas filhos agora.. no way.
Só se tivesse mesmo de ser... só se Deus quisesse muito que eu e o Edu fossemos pais agora.
Tenho-me sentido estranha, mas também não posso assegurar que nao seja nada psicológico.
Porque muito provavelmente, é.
Pelo menos, espero que seja..
Nada me daria mais prazer do que ter a minha própria família.. mas ainda é tão cedo.
Durante muito tempo, pensei que os amigos também integravam uma segunda família para mim. Aquele segundo abrigo, para o qual pudesse correr quando o original falhasse.
E agora, acho que não. Só quero este homem. Só sei gostar dele..
Por outro lado, não falo com ele acerca de tudo. Tenho os meus segredos.
Eh pá, não é bem segredos, são mais.. cenas que se ele soubesse.. se passava.
Ninguém me trata melhor que ele, é verdade.. mas quando ele se passa..
Nunca discutimos a sério.
Se temos uma conversa um pouco mais acesa, calamo-nos e passados 5 minutos estamos de novo na cumplicidade idiota de sempre.
"Fofinha, faz aí um canhão"  - diz ele enquanto vemos South Park e rimos que nem parvos.
Geralmente, estamos sempre pedrados. Isso realmente nao deixa margem para grandes guerras.
O problema é as vontades.
Não conseguimos estar perto um do outro sem fazer nada.
Se eu estiver na cama, e ele por ventura me vem dar um beijo por qualquer motivo, estamos fodidos.
Basta a respiração um do outro. Basta a proximidade da pele.
Sei lá.. e depois é o problema do fucking preservativo.
Nós não conseguimos arranjar preservativos para ele. Rompem-se todos.
E depois, voltamos à vaca fria. Apetece-nos, e não nos conseguimos conter, e depois até me aparecer o Período ando assustadíssima.
Não sei, pá..
E agora vamos ter uma cadela. Uma pittbull toda preta que provavelmente se vai chamar Ozora.
Vai ser bom. Dispendioso mas bom.
Quando eu tiver concertos, ela fica com o Edu.
Quando o Edu for para a Universidade, ela fica comigo. Basicamente, ela vai ser maioritariamente a minha companhia.
Ah, merda.. esqueci-me que tenho médico marcado hoje. Porra.
Se não for hoje, tou na merda, porque preciso da pílula, ou então estou-me a habilitar.
Hasta.